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[insira uma cara de ódio aqui]!!!
To-day²
Cara… pior coisa que eu fiz foi dormir. Não podia ter me feito mais mal.
Pesadelo sobre a prova. Ela não seria escrita, e sim oral, no corredor da faculdade, com música tocando de fundo e eu não sabendo responder bosta nenhuma. Um monte de gente olhando, pessoas que não vejo há anos aparecendo, pessoas que me odeiam fazem caras de que me amam… Teve choro, teve cola, teve tudo. Foi muito ruim.
Além de dormir é ficar olhando coisa que não me interessa e colocando coisas na minha mente neurótica.
Eu acordo sempre como uma neurótica e não consigo desviar meus pensamentos de coisas que não quero pensar. Odeio ficar numa má resolução de certas coisas e isso tá me afetando pacas. Cara, fala sério, eu não sou digna de mim mesma. Eu sou doente e neurótica demais pra usufruir de mim mesma.
Caraaa, que ódio, vontade de chorar. Chorar muito, igual uma idiota. E sabe o que é pior? Eu sei porque quero chorar e o motivo é o mais idiota. É simplesmente porque eu sou neurótica. Tá, não é tão simples assim. Mas é simples.
Vou almoçar. E acho que vou ler. Fiquei com a sensação de que vou deixar a prova em branco amanhã.
Como disseram muitas pessoas que me conhecem ou não, eu sou muito boba.
E a boba aqui acabou de escrever.
UPDATE: não tem o que comer nessa casa. Minto, tem, mas tem que fazer e oi? não to afim. Passarei fome hoje.
Momentos De Terror Na Sala De Espera
Não tenho odiado nada tanto quanto odeio salas de espera. Tá, odeio muitas coisas também. Mas salas de espera me dão nos nervos. Se eu não tivesse que enfrentá-las tão de manhã cedo, talvez conseguisse ver graça naquilo tudo.
Acho que as pessoas vêem ali alguém igual a elas. Na verdade, pode ser a única coisa que nos une no universo. E talvez seja por isso que todas elas(com exceção de mim e mais alguns normais que EU SEI QUE EXISTEM mas nunca estão na mesma sala que eu) têm essa mania de papinho de “sala de espera”.
Começa assim: alguém entra e dá bom dia. E a maioria responde. Aí a pessoa, que sempre tem uma dúvida, pergunta alguma coisa bem alto, pra todo mundo, inclusive você, escutar. E sempre tem uma boa alma a responder. Em menos de um minuto, começam uma conversa amistosa. Lindo de se ver; pessoas que nunca se viram, contando que o filho tá com um caroço num lugar esquisito, as varizes estão estourando, o furúnculo da vizinha que ela tentou espremer… e por aí vai. No final das contas, não só a pessoa com quem a outra conversava sabe da vida dela, mas a salinha toda.
É triste de se ver.
Ainda tem aqueles que conseguem ser impacientes e intolerantes. Eu até sou impaciente, mas aprendi a ter mais tolerância com atrasos e etc (nada como trabalhar sabendo que tudo que vc faz já passou do prazo…).
Então essa pessoa começa a falar. E falar. E falar que é um abusrdo aquilo alí; porque ela tem hora marcada; que de nada adianta; que ela tá quase indo embora, que ela tá quase morrendo, etc etc etc etc etc etc.
São dos piores tipos.
Ainda há os amistosos. Estes me assustam. Já chegam na salinha infernal com aquele ar de “como estou animado simplesmente por estar aqui!” ou “que lindo, né gente?”. São os tipos super agradáveis, seja numa reunião dos Alcoólatras Anônimos, num elevador nojento, na fila giga do banco e não há de se esperar comportamento diferente numa sala de espera. Uma motivação que só pode sair do âmago. Detestáveis.
Tinha me esquecido dos sem noção/mal-educados/inconvenientes.
Pra realmente suportar aqueles minutos ou horas de sofrimento, alguns, como eu, levam musica, palavras cruzadas, livros… qualquer coisa. Normal, não? Pois é. Tem “alguéns” que acham que aquilo ali não é nada. E não percebem que na verdade é um subterfúgio, uma fuga dos insuportáveis. Mas não, pra quê respeitar sua vontade? Nem tá tocando sua música predileta. E nem tá no clímax do livro.
O pior nisto tudo é chegar atrasado. Por vários motivos. Você chega atrasado e, felizmente pra você e infelizmente pra outros, o atendimento que é por ordem de chegada, pula a alguns e atende você. Ninguém entende nada e ainda te olham estranho.
Ou então porque, exatamente por ter hora marcada, você chegando atrasado perde a vez pra alguém que entrou no seu lugar e vai demorar um pouco mais a ser atendido. Traduzindo, mais tempo de tortura.
Sinceramente, não acredito que exista alguma coisa boa a se tirar daqueles portais do inferno. As revistas muitas vezes são velhas e os casais das capas já estão tendo filhos de outros. Nem assim dá. E aquele livro, que você tentou ler, continuou na mesma página, seja pelas conversas altas, pela intromissão e até mesmo pela tensão de saber que qualquer momento alguém com certeza, vai te interromper.
Inferno.
Sofrimento.
É possível que eu não tenha o gene da sociabilidade. Vou trabalhar nesta teoria um dia qualquer. Pode ser a resposta pra muitas perguntas…
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Now playing: Moptop – Bem Melhor
via FoxyTunes
p.s.: a música nunca, repito, nunca transmite estado de espírito.
A gente descobre que precisa de médico quando sente, de verdade, que está enlouquecendo. Noites mal dormidas, pesadelos dia sim e outro também, manias…
A vida de um louco é bem movimentada, nunca se torna fatigante ou monótona.
Fugir dos policiais que querem te prender pela bala que você roubou nas Lojas Americanas quando adolescente.
Acreditar que alguma força está fazendo você perder ou ganhar partidas seguidas de sinuca.
Seus amigos estão fazendo um complô contra você, sem motivo algum.
Loucos são loucos, com certeza. Mas ao mesmo tempo conseguem ter muita sanidade. Acho mesmo que loucos vêem o mundo como ele realmente é, só que de certa forma, se recusam a aceitá-lo e pior ainda, se recusam a vivê-lo.
Loucos percebem coisas que pessoas “normais” não percebem. E falam isso. Porque loucos não se importam.
Estou começando a ter uma admiração muito grande por eles. Não cheguei ainda nesse nível de loucura. E por isso não ajo como uma louca. Mas se agisse seria mais feliz.
Se fosse louca, pelo menos não engoliria a seco tanta coisa, por ser boazinha demais. Loucos não são tão bonzinhos assim.
Se fosse louca, qualquer um seria meu amigo, porque, ou todos são uma ameaça ou ninguém é. Mas ele não se importaria com o amigo. E muito menos as coisas que os amigos falam e não tem noção do quanto incomoda ou machuca.
Se fosse louca, não perderia tempo em empregos ou estágios, porque logo os loucos são demitidos.
Faculdade? Loucos até fazem. Artes, música…. essas coisas. Eles são realmente muito ligados a essas coisas.
Se fosse louca, tomaria remedinhos controlados in a daily basis e seria ótimo. Remedinhos te isolam do mundo e te deixam calminho…
Se fosse louca, veria mundo da maneira que meus olhos quereriam ver.
Porque enquanto estou no caminho, no limbo, as coisas nem preto-e-branco e nem coloridas são;
As coisas me incomodam, e eu não posso dar fim a elas, como um ato de loucura;
As pessoas me incomodam e eu não falo nada na cara delas porque a educação diz pra sermos gentis, principalmente com as pessoas que a gente gosta;
Não posso largar meu estágio, muito menos alegar loucura pra me dispensarem, e por isso ter que aturar comentários realmente desagradáveis;
Viver no limbo não me exime de se sentir completamente inadequada socialmente;
Ninguém ainda me receitou remédios pra me fazer dormir. Bem;
Os remedinhos também controlariam o apetite. Ninguém fica parecendo um glutão por comer demais, quando se é louco.
É muito lucrativo ser louco, ninguém espera nada de você.
E se eu fosse louca, seria normal dizer que pareço estar enlouquecendo, porque na verdade, estaria já, há muito tempo.